quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Memórias (Mistério)

21 de Fevereiro de 2010

       
   Nesse blog, assim como nos outros, eu relato episódios verdadeiros. Quis colocá-los num espaço específico, porque muita gente não gosta desses assuntos.
Podem ter a certeza... eu não aumento nem diminuo.
 Amapola  

4 COMENTÁRIOS:

Começe a segunda feira fazendo uma limpeza!
Varra de seu coração:
a tristeza, a angústia, a aflição,

Varra de sua vida:
a inveja, a maledicência, a fofoca

Varra do seu corpo:
a preguiça, o tédio, os maus pensamentos

Varra de seu caminho:
o mau olhado, o mau agouro, o mau pressentimento

Deixe fluir a alegria de sua alma
Trabalhe seu corpo para o bem

Agradeça por seu trabalho
e acima de tudo
começe sua semana com
FELICIDADE no coração

Pois novos horizontes se aproximam
novas alegrias irão chegar
e seu coração
estará pronto pare receber tudo isso.

Desejo a você, uma linda semana!

beijooo.
vamos aguardar...
maurizio
Opa, Amapola.
Esse eu não conhecia. Vou tentar adicionar.
Beijo.
BOA TARDE.
ESTOU AGUARDANDO.



sexta-feira, 16 de março de 2012

LIÇÕES

LIÇÕES

Eu tinha dezenove anos e estava inconformada com uma tremenda coincidência que havia acontecido no meu trabalho. Na Telemig eu fazia ligações interurbanas, e o painel piscava quando alguém solicitava uma ligação.

Eu já vivia um tormento, porque a minha mãe não me deixava namorar o Ronaldo. O meu primeiro namorado!

Eu não o via há meses... e numa noite completei uma ligação dele, para uma moça de nome Cláudia, que morava em Sete Lagoas.

Quando ele disse o seu nome, eu reconheci aquela voz rouca que mexia demais, comigo. A ligação foi demorada, e ao terminar, eu corri para o banheiro, desmanchando-me em lágrimas.

Quando cheguei em casa, contei para a minha avó, e chorando muito eu repeti várias vezes, que dali em diante a minha meta seria dinheiro, já que no amor nada dava certo.

Ela dizia com firmeza:

__Isso é blasfêmia!!

Dois dias depois, saí do trabalho às 23:hs. Ao passar na esquina da rua Tamoios com Rio de Janeiro, fui abordada por um homem alto, estranho, trajando uma enorme capa preta.

Naquele tempo ainda havia inverno forte por esses lados, e as pessoas andavam muito encapotadas mesmo, mas esse era diferente.

Um capuz cobria a sua cabeça, mas também, quase todo o seu rosto. Deu para ver um cafanhaque muito comprido e feio.

Aquele trecho era meio escuro, eu não escondi o meu susto. Acelerei o passo, quando ele me pediu para parar e ouvi-lo.

Quando parei, ele disse assim:

__Eu posso fazer você ganhar muito, muito dinheiro!

Tirou um cartão do bolso de sua capa, e me entregou, falando que ele era pintor e bastava eu posar pra ele, que eu ficaria rica.

Eu peguei o cartão e saí quase correndo, sem olhar para trás.

Em casa, contei pra todos, que ficaram abismados! No cartão não havia telefone. Só um nome e o endereço que era no bairro Santa Efigênia.

No dia seguinte eu procurei no catálogo algum telefone próximo, e me disseram que ali por perto não havia nenhum ateliê e nem aquele número.

Rasguei o cartão, mas nunca mais me esqueci desse episódio.

16/03/2012

quinta-feira, 28 de abril de 2011

CONSOLO

Memórias (Mistério) CONSOLO

CONSOLO

Em 2002, quando o meu patrão foi morto e a família dele abriu o supermercado logo em seguida, foi muito difícil, estar ali, sem ele.
O número de funcionários foi reduzido. Os poucos que continuaram, ficavam no primeiro andar, cuidando da liquidação das mercadorias.

Eu trabalhava sozinha no segundo andar. Havia uma escada que terminava num depósito. Ao lado tinha uma pia, e logo depois, a porta da minha sala.

Tavares tinha o costume de subir correndo aquelas escadas, lavava as mãos, e descia correndo, para ir almoçar.

Minha tarefa agora, era organizar a papelada em caixas, para que o pai dele levasse tudo pra casa.

Cada pasta que eu abria, era motivo para chorar. Xerox da identidade...agendas... lembretes.
Abri um bilhete que ele havia colocado na minha mesa três dias antes, onde ele pedia para eu providenciar o restante da rescisão de contrato de uma ex-namorada, porque ele queria solucionar todas as pendências.

Eu comecei a chorar de tal jeito, que nada me fazia parar. De repente...
Aquela torneira começou a jorrar água, como se alguém a tivesse aberto, por inteiro.
Eu parei de chorar e fiquei ouvindo.
Era impossível alguém subir aquela escada, sem fazer barulho. Ela era de metal.

Aquela água muita, jorrou durante uns trinta segundos. Depois, parou.
Eu continuei quieta... aí senti do meu lado direito, o perfume que ele usava.

30/01/2005

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

MOMENTO FANTÁSTICO

MEMÓRIAS (MOMENTO FANTÁSTICO)




MOMENTO FANTÁSTICO


Em 1980, eu estava sozinha no quarto do pensionato onde morava. Era no centro de Belo Horizonte.
As minhas colegas haviam saído; umas para a escola, outras pra namorar. Esse tipo de moradia pode também ser chamado de exílio familiar. Ali não tinha TV, nem rádio. A nossa distração era conversar. Cada uma contava as suas mazelas.

Vendo-me sozinha, resolvi ir num templo Kardecista, que fica no bairro Floresta. Fui a pé, porque não tinha dinheiro pra condução.

Quando atravessava a praça sete, começou a chover fininho e foi aumentando. Eu continuei caminhando debaixo da chuva, porque queria assistir aquela palestra linda, onde só se prega o bem. Lá, fala-se muito sobre a lei de causa e efeito, e o ponto principal é a caridade.
Eles não só falam em Jesus, mas eles praticam Jesus.

Cheguei ali com a roupa colada no corpo, os cabelos escorrendo água, e meus sapatos de salto, encharcados.

Às dezenove horas, uma música clássica começou a tocar baixinho, enquanto o povo chegava. Ficou lotado. Depois, um coral masculino começou a cantar, intercalando com um coral feminino. Cantavam baixo, uma linda melodia.

Ao terminarem, o palestrante rezou o Pai Nosso. Em seguida, falou para nos concentrarmos nos nossos problemas específicos. Nesse momento eu decidi não pensar em nada, porque eram tantos problemas, que eu não saberia escolher um. Preferi deixar Deus em paz!

Fiquei tão tranquila, que não sentia o desconforto daquela roupa molhada, nem de nada! Uma senhora muito gentil aproximou-se e me perguntou se eu queria tomar "passe". Entrei numa sala comprida, quase totalmente escura, e sentei-me.

Um senhor chegou de mansinho e disse com ternura: __Pense em Jesus!
Eu não cheguei a pensar, porque quando ele aproximou as suas mãos da minha cabeça, fazendo com elas, um leve movimento para baixo, eu vi circundando todos os seus dedos, uma luz neon, azul claro.

Era possível! Eu estava vendo a aura daquele servo de Deus. No primeiro instante eu não acreditei que estava realmente vendo uma coisa da qual se falava muito, nas revistas e na televisão.

Arregalei meus olhos, e aquela luz maravilhosa continuava ali, na minha frente.
Aquilo durou tantos minutos, que eu tive tempo de me lembrar do trecho de uma música do Gilberto Gil, que diz assim:

"MINHA AURA CLARA, SÓ QUEM É CLARIVIDENTE PODE VER... PODE VER..."

Então, eu tomei consciência de que se aquela luz estava visível pra mim, era porque naquele momento, eu estava acima da matéria! Era porque eu estava clarividente, assim como dizia a música.

Quando eu me senti "a tal", aquela luz se apagou para os meus olhos!

09/02/2005

(No dia seguinte eu telefonei pra lá, descrevendo aquele senhor, e perguntando qual era o seu nome. Me disseram que ele se chamava Jarbas. A minha intenção era procura-lo para relatar o fato. Porém, a vida corrida deixou o tempo passar tanto, que, em 2008 eu fui lá, mas me informaram que ele havia partido, em 2007)

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

MEU SOBRINHO PARANORMAL


MEU SOBRINHO PARANORMAL (capítulo I)

Meu irmão mais velho, casou-se no início dos anos sessenta. Uns três anos depois, nasceu um menino. No total, tiveram sete filhos, sendo quatro meninas e três meninos.

Ele havia sonhado durante muitos anos, em ser padre. Mudou de idéia, quando se apaixonou. Continuou muito católico e era o funcionário padrão, da empresa onde trabalhou até se aposentar. Tinha o curso médio, que naquele tempo era chamado de científico.
Havia nutrido a esperança de se tornar advogado, estudando na faculdade de Ouro Preto, mas não conseguiu, por falta de lugar para se hospedar. Apesar de Mariana ficar pertinho de Ouro Preto, esse sonho tornou-se inviável.

No fim dos anos sessenta, nos mudamos para Belo Horizonte, e ele continuou morando em Mariana, dedicando-se exclusivamente aos filhos e esposa.

Minha cunhada, sempre nos visitava.
Numa de suas visitas, no início dos anos setenta, ela mostrou-se preocupada e disse que o filho mais velho estava estranho e precisava de um médico.

Em Julho, ele estava de férias, e ela o levou lá em casa, onde ele ficaria por uns quinze dias.
Foi muito divertido... ele mesmo não sabia o que estava acontecendo, e queria nos mostrar as coisas estranhas que ele já havia tentado, e conseguido fazer.

Nos reuniu na sala. Pediu para alguém tirar a toalha da mesa e colocar um copo de vidro, numa das extremidades. Ficou afastado dela, para ninguém duvidar da sua proeza.
Cruzou seus braços... olhou para o copo, e fechou os olhos.
Aquele copo foi se arrastando sozinho sobre a mesa, em velocidade alternada, até chegar na outra ponta.
Alguém gritou: o copo vai cair! Nesse momento, o copo parou e ele abriu os olhos.
Minha avó, de mãos cruzadas, exclamou: Valha-me Deus!

Então, ele nos levou até a porta, onde havia um vaso com folhagens grandes.
Disse assim: olhem para aquela folha ali... a folha curvou-se até se esbarrar no chão, depois levantou-se até se esbarrar na parede, depois, voltou ao normal.

Levou-nos até o portão e nos pediu silêncio. Esperou alguém passar no outro lado da rua, e disse assim: Querem ver uma coisa? Aquele rapaz, quando chegar na esquina, vai coçar a cabeça... ficar indeciso... e vai voltar, passando novamente por aqui.
Ficamos observando... aconteceu tudinho, o que ele falou.

Morávamos num bairro bem próximo do centro de Belo Horizonte. O povo da redondeza ficou sabendo dos feitos dele, e nossa casa passou a ficar cheia de gente, que queria de todo jeito, que ele lhes falasse sobre seu futuro.
Uma universidade particular, queria estudar a cabeça dele, e para isso, ele teria que permanecer na capital.

Continua...







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MEU SOBRINHO PARANORMAL


MEU SOBRINHO PARANORMAL (Capítulo II)

Ele, por educação, atendia àquelas pessoas, chamando-as num cantinho da casa, para garantir a privacidade da situação. Era esquisito ve-lo agindo como uma pessoa adulta... vivida...
Aquele menino de pouco mais de sete anos de idade, franzino... magrelinho, mesmo. Moreno, cabelos lisos e muito pretos... jeitinho do interior. (fazia-me lembrar o Mogli do desenho animado).

Ele não aceitava dinheiro de ninguém. Aquelas mesmas pessoas voltavam, dizendo que a profecia dele havia se concretizado, e com mais ansiedade ainda, queriam ser atendidas novamente.
Isso tudo, num espaço de poucos dias. Cada um, queria leva-lo aqui e ali, para mostra-lo em ambientes maiores.
Eu mesma, levei-o no meu trabalho. O meu patrão, o brilhante contador, Jarbas Estrella, ficou maravilhado... juntamente com os demais funcionários.

Num dia, ele me viu com um jornal rasgado na mão, e pediu para eu escolher algum texto, porque mesmo numa distancia de uns dois metros à minha frente, ele leria em voz alta, aquele artigo.
Eu escolhi um, cujo rasgado impedia a leitura das últimas palavras, em várias linhas.
Ele ia lendo corretamente, até chegar no rasgado. Aí ele soletrava a palavra incompleta, acertando até a última letra.

A mãe dele era muito calma e simples. Olhava tudo, com um leve sorriso no rosto, mas sem entusiasmo... e com uma pontinha de medo.
Não vou relatar tudo que ele fez, porque esse texto ficaria muito grande.

Ele não aceitou as propostas que a universidade teria, para estuda-lo.
Os dias foram se passando, e ele começou sentindo a necessidade de ficar só por alguns minutos.
À tarde, quando o procurávamos, ele havia ido para o outro quarteirão, onde havia vários pés de eucalipto, para ali, se descansar.

Continua...




2 COMENTÁRIOS:

Virgínia Allan disse...

Amapola, querida, estou curiosissima... Beijo

Silvana Nunes .'. disse...

Estou curiosa para saber como vai acabar essa história.
Beijo

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MEU SOBRINHO PARANORMAL


MEU SOBRINHO PARANORMAL (capítulo III)

Numa tarde, ele voltou de lá, correndo... assustado!
Contou-nos que estava distraído, quando, de repente, apareceu diante dele um cachorro de tamanho normal, que foi crescendo... crescendo... até virar um monstro, quase do tamanho do pé de eucalipto. Ele disse que, tremendo de medo, abraçou-se ao tronco, e foi virando para o outro lado, para depois, correr.

Já cansado de tanto assédio, somado agora, com a visão desse monstro, ele decidiu que iria embora junto com a sua mãe, que veio para ficar oito dias.
Dessa forma, dois dias depois, eles estariam de volta.
No lote dos eucaliptos, ele não voltou.

Ficamos curiosas para saber como tudo havia começado.
Ele nos contou, que numa tarde, ao debruçar-se na janela da sua casa, ele olhou para o céu. Lá bem no alto, ele viu uma cruz bem grande, com Jesus crucificado. Mas não parecia escultura, era como se o corpo dele, fosse de carne e osso, e como se Cristo acabasse de morrer, naquele momento.

Aí, dos pés da cruz, descia uma fonte de brilhantes brancos, que iam em direção à janela, caindo dentro da sala. Com as duas mãos, ele pegava os brilhantes no ar... mas eram tantos, que ele não sabia o que fazer.

Nesse momento, meu irmão chegou na sala. Ao ve-lo com a expressão maravilhada, e fazendo movimentos com as mãos, ele chamou a minha cunhada, dizendo que precisavam leva-lo ao médico.

Continua...

1 COMENTÁRIOS:

Nova Civilização disse...

Olá Ampola,

obrigada pelas palavras sobre Santa Teresa. Realmente um testemunho para todos nós de amor ao próximo,

beijinhos,

Gisele

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